Mensagem da Mãe
Queridos filhos,
Uns veem-me na Lua, outros no Sol, alguns no céu, outros tantos nas pedras, há quem diga até que em algumas pessoas. Pois bem, eu estou em toda a parte, sou a sola dos vossos pés, sou o vento que acaricia o vosso rosto assim como também vos dou um empurrão para que fora das vossas forças entendam a minha atenção, sou a chuva que vos limpa o corpo e alma, assim, como vos inunda para que percebam a aflição dos vossos actos.
Desdenham qualquer lugar e mascarai-vos assim que pisais território intitulado por vós sagrado. Mal sabeis que beijei cada pedaço de chão tornando-o sagrado para que vocês o pudessem pisar, podendo assim mais seguramente recorrer a mim com a paz que somente um território sagrado satisfaz.
Olhais para mim por vezes com medo, quando devíeis era temer-vos pois não vos conheceis, e de mim, se permitirem, tudo tereis quando a entrega for consciente antes mesmo de ser sincera.
Compreendo por vezes, a surdez perante a minha voz, o vírus que vos corre nas veias travam-vos os músculos para que não possais dar vossos passos. Mas sabei que não precisais de músculos para dar passos. Tendes asas, e quem tem asas não precisa de músculos para dar passos.
Tudo aquilo que, na sua essência, a este planeta não pertence, nesta terra não ficará.
Demos-vos uma casa, uma escola, com professores e alunos capazes de vos orientar. Porém achastes que mais queriam e tudo fizeram para ter sem saber as consequências de que isso poderia provocar. Pois então, eis o caos, e com ele eis a tarefa, salvai-vos.
Estaremos sempre esperando por vós no sítio onde vos deixamos, encontrai de novo o sítio onde vos deixei, pois era ai que teriam e têm de continuar.
Com amor apelo a vossa atenção às minhas palavras, a vossa família assim como eu vos aguarda. Amo-vos e por isso vos chamo. Fiquem em paz e com a consciência de que por fim o meu imaculado coração triunfará.
RECEBIDA: Filipe Santos
Sameiro, Braga, 02 de Julho de 2013